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A mostrar mensagens de setembro, 2018

«Literatura indígena» - o que é?

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«O indígena atrapalha o desenvolvimento.» «Índio é um metal.» «Peraí, você é índio e tem celular e atende celular?» Gosto muito deste canal youtube de Daniel Munduruku (de acesso gratuito) e a entrevista a Edson Kayapó é um belo exemplo. Aqui.

Ler: 'Comunidade' de Luiz Pacheco

A ligação aqui . E o soneto de Camões onde ele teoriza a recepção: Enquanto quis Fortuna que tivesse Enquanto quis Fortuna que tivesse Esperança de algum contentamento, O gosto de um suave pensamento Me fez que seus efeitos escrevesse. Porém, temendo Amor que aviso desse Minha escritura a algum juízo isento, Escureceu-me o engenho co'o tormento, Para que seus enganos não disesse Ó vós que Amor obriga a ser sujeitos A diversas vontades! Quando lerdes Num breve livro casos tão diversos, Verdades puras são e não defeitos; E sabei que, segundo o amor tiverdes, Tereis o entendimento de meus versos. E, já agora, também o de Pessoa: AUTOPSICOGRAFIA O poeta é um fingidor Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente. E os que lêem o que escreve, Na dor lida sentem bem, Não as duas que ele teve, Mas só a que eles não têm. E assim nas calhas de roda Gira, a entreter a razão, Esse comb...

Do cânone: a masterclass de Tony Montana e Bill S.

Como fica um livro/um autor no cânone? O país de origem interessa? A classe social? O sexo? O tipo de texto? A popularidade? A nacionalidade? A qualidade do que escreve? Mas o que é «a qualidade»? Quem define e com que critérios? Esses critérios são fixo ou móveis? São temporais ou eternos? “In this country, you gotta make the money first. Then when you get the money, you get the power. Then when you get the power, then you get the women.”  Tony Montana, Ph.D,, 1983 O que são 'dinheiro', 'poder', 'mulher' aqui? Que lógica está implícita? E o que tem isto a ver com Saramago, Guimarães Rosa e Shakespeare? Como foi construída a reputação de Shakespeare? A Vicky ajuda. Aqui . 

Punk's not Gaita!

Ken ki frâ? * A propósito da aula de hoje, deixo-vos uma sugestão que me parece enquadrar-se como marginal: Scúru Fitchádo, um projecto musical relativamente recente, que cruza as sonoridades Punk com o estilo cabo-verdiano Funaná. Logo pela descrição, esta é uma fusão altamente improvável, porquanto antes de se carregar no play , fica difícil de imaginar como é que estes dois géneros se vão cruzar. Além disso, a cultura Punk cimentou-se num assumido posicionamento nas margens da sociedade, enquanto que o Funaná se desenvolveu num movimento oposto, de aculturação (mais ou menos imposto, será discutível noutros âmbitos). No caso, a inclusão da concertina, também conhecida por gaita, em sonoridades africanas. Marginal, porque se estranha; marginal, porque é inconformado e inclassificável. Marginal, porque, apesar de tudo, punk que é punk é marginal! Assim, eu coloco-os no nosso simbólico caixote do lixo. Se adiciono - permanentemente - à minha playlist , ainda não estou s...

Aula 2: cânone e margem

O que têm em comum os géneros e textos aqui tratados? «Cinco poemas concretos»  https://www.youtube.com/watch?v=yC3e7rmSYM4 «Cantar ao desafio»  https://www.youtube.com/watch?v=1fNVx6weMIs «Prejudice Song»  https://www.youtube.com/watch?v=jRbgnHSxLBA «Colonizado»  https://www.youtube.com/watch?v=ViIBcsGdYDM Farsa de Inês Pereira   https://www.youtube.com/watch?v=PMZK4ogNrq0 O mercador de Veneza   https://www.youtube.com/watch?v=DPCwtHcRXgY

Livros

Sendo uma cadeira de literatura, conviria talvez ler. Estou só a dizer. Eu confesso que fiz crítica literária durante anos e fazia questão, por princípio ético, de nunca ler os livros antes de os criticar, para não ser influenciado. Livros sugeridos para este ano: Stanislaw Lem, Solaris  Raymond Chandler, O imenso adeus Art Spiegelman, Maus Alberto Pimenta, discurso sobre o filho-da-puta Italo Calvino, O castelo dos destinos cruzados

Alunos

Joana Piçarra Raquel Sara Maria Joana Costa Nirali Ana Cardoso Pamela

Sumários

Programa

POR FAVOR,  enviem o vosso mail para o Docente responsável:  rz@fcsh.unl.pt a fim de serem convidados para co-autores deste blogue. E coloquem sempre como assunto: Literaturas Marginais ou Lit Marg. Avaliação:  participação, trabalho, frequência. Com 9 vai a exame. Frequência : 12/12, 14h-16h Exame:  14/1, 14h-16h Este é o blogue da disciplina de opção livre de Literaturas Marginais. Não é necessário frequentar um curso de literatura, embora ajude, porque esta é uma cadeira de literatura. O blogue conta com a vossa autoria. Nele espero que todos possamos partilhar textos e micro-ensaios, comentários avulsos que tenham a ver com o âmbito da cadeira. E qual o âmbito da cadeira?  Boa pergunta . Em Literaturas Marginais são apresentados aos alunos subgéneros e textos que, por uma ou outra razão, não são pacificamente aceites como fazendo parte do campo literário. Temos uma primeira divisão em dois grandes grupos: paraliteraturas impressas e paralite...